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Arquitetos: O’Donnell+Tuomey Architects; O’Donnell+Tuomey Architects
- Área: 6101 m²
- Ano: 2013
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Fotografias:Alex Bland, Dennis Gilbert
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Fabricantes: Ancon
Vida urbana - dentro e fora do edifício
O terreno está localizado no ponto de convergência da rede de ruas estreitas que caracterizam o centro do campus da LSE. O espaço público, no limite da Student Union no eixo com a via St Clement, conforma um local de intercâmbio; como uma gravata borboleta que entrelaça as vias de circulação, costura conexões visuais entre o movimento interno e externo, e impulsiona a vida de pedestres da rua para dentro e para cima do edifício. Desenvolveu-se um conceito escultural específico para o projeto arquitetônico. A fachada chanfrada, inclinada, facetada e dobrada opera em respeito às normas de luz da fachada e é adaptada em resposta a linhas específicas de vista ao longo de visuais que se aproximam e de perspectivas de esquinas. A superfície de tijolos é cortada ao longo de linhas de dobras para formar grandes áreas de pontos de vista de enquadramento vidros transparentes, desde a rua para a sala. Como um quebra-cabeça japonês, o projeto foi cuidadosamente montado para conformar um volume coerente de um conjunto complexo de componentes interdependentes. Nossa análise do contexto influenciou muito os primeiros princípios da abordagem do projeto.
Personificação - A vida na forma jovial
O edifício foi projetado para encarnar a personalidade de uma União dos Estudantes contemporânea. As geometrias complexas do terreno criaram um ponto de partida para um arranjo não convencional de lajes irregulares para os pavimentos, cada uma específica para sua função e trabalhando em conjunto com a seguinte por um intrincado sistema de configuração espacial trapezoidal. O espaço flui livremente no plano horizontal e na seção vertical, com escadas torcendo suavemente e lentamente voltando-se para criar uma variedade de espaços de ruptura diagonais em pousos e travessias através do edifício.
Tijolos - O Novo no Antigo
Londres é uma cidade de tijolos. Os edifícios existentes e os vizinhos ao terreno são construídos em tijolos de tonalidades variadas e animadas. Nosso projeto relaciona-se a essa característica resiliente da arquitetura da cidade com materiais familiares, ainda que de maneiras pouco convencionais. As paredes externas são revestidas com tijolos, utilizadas de uma maneira diferente, com cada bloco deslocado em relação ao outro, em um padrão aberto com tijolos, envolvendo as paredes em uma manta permeável que permitirá uma luz do dia salpicada nos espaços internos e, à noite, com as luzes internas acesas, o edifício vai ser visto nas ruas como uma lanterna brilhante.
Material, Cor e Atmosfera
O projeto refere-se à robusta adaptabilidade de uso de um armazém para viver. Treliças de aço estruturais aparente e lajes nervuradas de concreto cruzam os grandes espaços, com pisos de madeira sólido. Divisórias leves, feitas de vidros translúcidos e coloridos e madeira são painéis deslizáveis, permitindo flexibilidade no uso. Pilares circulares de aço propicionam pisos de escritórios entre os grandes vãos e pontuam a planta aberta do café. As escadas são feitas de mosaicos e chapas de aço. Os tetos de concreto contribuem para a massa térmica com elementos acústicos suspensos para suavizar o som. Não existem corredores fechados. Cada corredor possui luz natural e vistas para pelo menos uma direção. Cada espaço de trabalho dos escritórios possui vistas para o mundo exterior. A área subterrânea é iluminada por janelas com grades e claraboias para permitir o uso durante o dia. O edifício não se parece com um hotel, um escritório, ou uma instituição acadêmica. É fresco e arejado, pesado e leve, aberto e claro, escultural e social.
Painéis de Tijolos Perfurados
A fachada facetada do edifício é composta por áreas de tijolos sólidos e perfurados e painéis de vidro. Os planos perfurados são construídos a partir de uma única folha de alvenaria perfurada no padrão flamengo para permitir que a luz se infiltre nos espaços interiores e filtre a iluminação para o exterior durante a noite, criando um efeito de textura. A alvenaria é construída logo sobre telas de vidros que vedam o edifício e incorporam seções de aberturas para ventilar naturalmente o mesmo. O padrão perfurado foi desenvolvido para maximizar a luz do dia para o interior da edificação. A alvenaria perfurada é apoiada por uma série de pilares que conectam-se à estrutura principal de concreto. A alvenaria sólida em um padrão flamengo combina-se com as áreas perfuradas, onde são necessárias aberturas e luz do dia.